About

  • Born in Lisbon;

  • Attended the Theater Studies at the Évora University;

  • A degree in Theater at the College of Arts and Design in Caldas da Rainha where received two Merit Scholarships as a distinction for high qualifying scores;

  • As an was directed by directors as Miguel Moreira, João Garcia Miguel, Diogo Dória, José Eduardo Rocha, Paulo Patraquim and Luis Varela;

  • Participated in various workshops and seminars, including: Body and Movement workshop with Luciano Amarelo, Writing workshop for Theater and Film, Writing workshop for Comedy, the seminar The Method of Konstantin Stanislavsky and contemporary dance workshops with Ana Leitão (Choreographer Company Bacantoh Barcelona), Cyril Viallon, Matthieu Hocquemiller and Cécile Loyer - from the principles of Butô dance;

  • Currently living in Oporto;

  • Studied at IPF – Instituto Português de Fotografia (Portuguese Institute of Photography);

  • Worked with FotoSport Studio as a photographer for the booking event "Young Stars" with the partnership of the model agencie SpaceMilanModels.

  • Co-creator of Mr.Lazy&Mme.Leisure, a artistic duo developing work on the visual arts including performance, installations, video art and photography. Participation of the artists Marco Telmo Martins in the C.C.T.V. performance and Mark Aragão in the Arte o Muerte performance.

  • Collaborates on a regular basis with Colónia Collective International, and Hotel 555 – Cultural and Artistic Association;

  • Developing a series of individual projects in performance and photography.

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C.C.T.V. - Closed Circuit Trans Voyer

 Mr.Lazy&Mme.Leisure associam-se a Vj_ para criar a performance de apresentação do projecto C.C.T.V. - Closed Circuit Trans Voyer. Dia 1 de Junho no FICAS, pelas 22h nas Caldas da Rainha.
 Ver, é essencialmente uma busca activa de essenciais, um processo activo em que o cérebro na sua busca de conhecimento acerca do mundo visível, descarta, selecciona e ao comparar a informação seleccionada com as suas memórias armazenadas gera a imagem visual no cérebro, um processo notavelmente semelhante àquilo que o artista faz.
 Hoje, com a televisão e as marcas comerciais, toda a nossa sociedade produz imagens. O estúdio artístico perdeu a sua função inicial de ser “O” sítio onde as imagens eram produzidas. Como resultado os artistas movimentam-se, deslocam-se para onde as imagens são feitas, colocando-se a eles próprios como ligações na cadeia económica na tentativa de a interceptar.
 Toda esta avalanche de imagens produzidas diariamente cria uma distância cada vez maior entre o mundo visível e o mundo visualmente fabricado, entre a imprevisibilidade da rua e o conforto do sofá, criando em nós uma faceta voyeurista sem precedentes.
 Câmaras de vigilância, reality shows, vídeos caseiros, fotos privadas, manipulações digitais, alimentam a sociedade contemporânea e a sua crescente necessidade de observar e de ser observada, sustentam esse universo voyeur onde a identidade camuflada é tida como real.
 A nossa vida, o nosso corpo estão cada vez mais “publicitados”. A qualquer lado que vamos estamos a ser filmados. O nosso percurso pode sempre ser registado e posteriormente reproduzido, criando relações sociais através de imagens, como se a vida fosse representada pela lógica do espectáculo onde a experiência do real vivido fosse já uma substituição do vivo pelo não vivo.
 Vivemos povoados desses fantasmas, de realidades ficcionadas, de produtos secundários que tomamos como reais, onde a representação do verdadeiro é um movimento do falso, onde a vida é apanhada pelas próprias abstracções.
 Começamos por perder a nossa identidade, a nossa memória individual. Começamos também, a perder a nossa memória colectiva porque esta última vive numa estreita relação com a primeira e sem a memória dos outros, sem esse mundo de relações sociais mais directas, a condição humana deixa de existir, deixa de ser possível reconhecer vida.
 Neste panorama têm surgido diversas abordagens artísticas que se afirmam contra a sociedade vigiada, chamam a atenção do espectador para as questões de controlo e da falta de privacidade tornando frases como “Big Brother is watching you” em dados que pertencem hoje à nossa consciência social. Sabemos que estamos a ser observados e vivemos segundo essa condicionante. Adaptámo-nos e convencemo-nos de que é confortável essa consciência de nos sabermos filmados. Apropriámo-nos de tal forma desta ideia que agrada-nos principalmente a possibilidade de nos ser autorizado assistir.   

Ficha técnica
Performance com projecção de Vídeo e manipulação sonora ao vivo.
O público assiste a uma acto performativo criado especificamente para ser observado por uma câmera de vigilância, para provocar e testar a capacidade de reacção de quem está do outro lado da mesma. Os performers criam o seu próprio reality show. O público é assim, e à imagem do que se passa no seu dia-a-dia, um voyer, um observador de um acto que não está a ser feito directamente para si mas que lhe é permitido testemunhar. 




 Vídeo-Performance Mr. Lazy, Mme Leisure e Vj_
Ficas 2010 - Silos - Caldas da Rainha
Música - Sa Ding Ding



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